Estudo israelense sugere que ibuprofeno não agrava sintomas da Covid-19

Estudo israelense sugere que ibuprofeno não agrava sintomas da Covid-19

Pesquisadores da Universidade Ben-Gurion, em Israel, publicaram estudo indicando que o ibuprofeno, usado para tratar febre e dores, não agrava os sintomas causados ​​pela infecção causada pelo novo coronavírus. A análise revelou que houve um resultado semelhante entre os pacientes que tomaram ibuprofeno versus os que tomaram paracetamol ou nenhum antipirético.

Nomeado ‘Ibuprofen use and clinical outcomes in Covid-19 patients’ (Uso de ibuprofeno e resultados clínicos em pacientes com Covid-19), o estudo foi publicado na revista Clinical Microbiology and Infection, da Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID, na sigla em inglês) e comparou a reação de pacientes com Covid-19 que utilizavam ibuprofeno e paracetamol para tratar os sintomas da infecção, principalmente a febre.

De acordo com os pesquisadores, na comparação com usuários de paracetamol, não foram observadas diferenças nas taxas de mortalidade ou na necessidade de suporte respiratório entre os pacientes que utilizaram ibuprofeno. Durante os testes, nove (10,3%) pacientes que utilizaram ibuprofeno necessitaram de suporte respiratório e três (3,4%) faleceram. Em comparação, o grupo que não usou ibuprofeno contabilizou 35 (11%) pacientes com necessidade de suporte respiratório e nove (2,8%) óbitos.

O estudo teve como base o Shamir Medical Center, em Israel, e incluiu 403 casos confirmados de Covid-19, com média de idade de 45 anos entre os pesquisados. Do universo analisado, 44 pacientes (11%) necessitaram de suporte respiratório e 12 (3%) morreram. Cento e setenta e nove (44%) pacientes apresentaram febre, sendo que 32% usaram paracetamol para alívio dos sintomas e 22%, ibuprofeno.

No texto, os pesquisadores afirmaram que “o uso de ibuprofeno não foi associado à piora clínica dos pacientes, em comparação com paracetamol ou outro antipirético”. O único dado significativo mostrado diferença entre os usuários de ibuprofeno e paracetamol é que 79% dos que tomaram ibuprofeno apresentaram febre, enquanto 35% dos que não tomaram ibuprofeno tiveram o sintoma.

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A controvérsia sobre o uso do ibuprofeno no tratamento dos sintomas da Covid-19 surgiu em março, quando a França alegou que a substância poderia agravar infecções. Um comunicado do governo francês mencionou um artigo da revista The Lancet e recomendou que casos suspeitos ou confirmados de Covid-19 não tomassem o medicamento para aliviar os sintomas, pois ele poderia facilitar a entrada do novo coronavírus nas células.

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Também em março, a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, recomendou contra a utilização de anti-inflamatórios não esteroides (AINE) para a Covid-19 e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sugeriu o uso de outras substâncias enquanto não houvesse “evidências científicas conclusivas sobre o agravamento da infecção pelo novo coronavírus devido ao uso de ibuprofeno”.

Antipirético, o ibuprofeno é um também anti-inflamatório não esteroide, além de analgésico. Enquanto o paracetamol é usado no tratamento de sintomas semelhantes, os dois medicamentos são metabolizados no corpo de maneira diferente. O ibuprofeno é principalmente metabolizado nos rins e o paracetamol é processado no fígado, segundo o site Menorah Brasil.

Outros centros científicos passaram a testar o ibuprofeno contra a Covid-19. Segundo a BBC Brasil, equipes da universidade King's College e dos hospital Guy's e St. Thomas estão recrutando participantes para um teste que vai verificar se o ibuprofeno contribui para o tratamento de pessoas hospitalizadas com a infecção causada pelo novo coronavírus.

Os cientistas acreditam que a droga pode ajudar nas dificuldades respiratórias decorrentes da Covid-19. Estudos em animais sugerem que o ibuprofeno pode tratar a síndrome do desconforto respiratório agudo, uma das complicações graves da doença causada pelo novo coronavírus. Segundo a reportagem, a esperança é que o tratamento, considerado de baixo custo, possa evitar que pacientes precisem de ventilação mecânica.

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