Uso equivocado de antibióticos na pandemia pode provocar crise sanitária

Uso equivocado de antibióticos na pandemia pode provocar crise sanitária

A utilização de antibióticos sem receita na pandemia pode desencadear crise sanitária ao fortalecer bactérias, afirmam especialistas. O farmacêutico e professor da UniFTC, Mauro José Bitencourt, cita que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 700 mil pessoas morram no mundo a cada ano com infecção bacteriana resistente, revelou o portal Bahia Notícias.

Ainda segundo a OMS, é possível que nos próximos dez anos esse total possa aumentar dez vezes. O número é alto e deve servir de alerta. Durante a pandemia, na ausência de tratamento contra a Covid-19, a azitromicina ultrapassou as barreiras das prescrições médicas, bulas e balcões de farmácias, e passou a ser utilizada de forma indiscriminada.

Circularam ao longo do ano informações sem fundamento científico sugerindo o uso do medicamento como prevenção da Covid-19. Muitas pessoas acabaram acreditando e se medicaram com a droga, acreditando que estariam se protegendo. Mas utilizar antibiótico sem receita a pessoa não só se coloca em risco, como oferece perigo para todos em volta, porque contribui para o desenvolvimento de bactérias super-resistentes. Segundo os especialistas, ações como essa podem ter efeito lá na frente, em uma nova crise sanitária, dessa vez desencadeada por responsabilidade humana.

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Azitromicina é um antibiótico usado no tratamento de várias infecções bacterianas. Entre as indicações mais comuns estão o tratamento de otite média, faringite estreptocócica, pneumonia, diarreia do viajante e outras infecções intestinais. Os riscos de uso indiscriminado, sem prescrição ou recomendação médica de antibióticos são conhecidos.

“Trata-se de um problema gravíssimo, de saúde pública”, enfatizou Mauro Bitencourt ao Bahia Notícias. Diante desses perigos e como forma de alerta para a população e profissionais da saúde, todos os anos em novembro entidades de saúde realizam ações durante a ‘Semana Mundial de Conscientização Sobre o Uso de Antibióticos’. O farmacêutico frisa que antibiótico só serve pra uma coisa: “matar bactéria ou inibir infecção bacteriana”.

“Não existe comprovação de que a azitromicina ou qualquer outro antibiótico combata vírus”, destacou o especialista, lembrando que a substância serve exclusivamente para infecção bacteriana. “Febre, gripe, dor ou qualquer outro agravo, antibiótico não serve”, assinalou.

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Bitencourt ainda destacou que essa classe de medicamentos é controlada desde 2010. Com isso, os antibióticos passaram a ser adquiridos sob prescrição de médicos, dentistas ou veterinários. “Se uma farmácia dispensar sem receita está promovendo ação fora da legislação”, destacou. O aviso do especialista não é direcionado apenas à população. Segundo o farmacêutico, 50% das prescrições poderiam e deveriam ser evitadas. “O prescritor também pode errar”, reconheceu.

“Além disso” – acrescentou – “para conter a infecção bacteriana o antibiótico tem que estar em concentração adequada no sangue. O uso do medicamento dever ser feito corretamente, no horário certo, só assim consegue concentração plasmática capaz e combater a infecção. Caso se use quantidade menor ou interrompa antes do período adequado, ao invés de combater, fortalece a bactéria, fazendo com que ela desenvolva resistência”.

O ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico tem uma pesquisasobre automedicação no Brasil que menciona o uso de antibióticos sem receita.

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