Farmacêuticos protestam por direito à vacina

Farmacêuticos protestam por direito à vacina

Farmacêuticos protestaram em frente à Vigilância Sanitária de Anápolis (GO), no sábado (10/4), exigindo o cumprimento do Plano Nacional de Imunização (PNI), que prioriza profissionais que atuam na linha de frente de combate à pandemia, entre eles, os farmacêuticos.

A manifestação contou com a presença da presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRF-GO), Lorena Baía, que apoiou o protesto pela vacinação contra a Covid-19. “Estivemos na manifestação para lutarmos pelo direito dos colegas anapolinos à imunização contra o novo coronavírus”, salienta Lorena à reportagem do Portal do ICTQ.

“Todos os farmacêuticos do município, incluindo os demais trabalhadores de farmácias, devem ser imunizados, uma vez que são profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à pandemia, em contato direto com centenas de pessoas possivelmente contaminadas pelo vírus”, diz a presidente do CRF-GO. “Nossa luta diante desta pandemia é por todos os farmacêuticos e técnicos de laboratório de Goiás”.

Desde a chegada da vacina ao Brasil, segundo Lorena, o CRF-GO tem trabalhado para garantir que todos os profissionais defendidos pelo Conselho sejam vacinados. “Estamos em contato frequente com todas as prefeituras goianas no intuito de mobilizá-las quanto à situação e acelerar o processo de imunização da classe farmacêutica em nosso Estado”.

Lorena criticou a postura do prefeito de Anápolis, Roberto Naves, que não permitiu a realização de uma carreata como queriam os manifestantes. Naves é farmacêutico e, segundo os profissionais de saúde, não tem cumprido o PNI do Ministério da Saúde. “Termos em Goiás um município cujo prefeito é farmacêutico, mas que não inclui seus colegas no plano de vacinação de sua cidade é, para se dizer o mínimo, constrangedor”, disse ela.

O farmacêutico, diretor secretário do CRF-GO e professor de Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Daniel Jesus, também esteve no protesto e criticou a postura do prefeito. “Roberto Naves, que por ironia é farmacêutico, descumpre o PNI, que prioriza profissionais que atuam na linha de frente de combate à pandemia, e não vacina seus colegas de profissão, nem com a primeira dose”.

Como previsto no PNI, o farmacêutico e demais trabalhadores das farmácias, drogarias e de laboratórios têm prioridade na imunização contra a Covid-19. Em 11 de março, o Ministério da Saúde emitiu ofício às Coordenações Estaduais de Imunizações, reiterando as orientações técnicas sobre a vacinação do grupo prioritário dos Trabalhadores da Saúde, na Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19.

“Considera-se trabalhadores da saúde a serem vacinados na campanha os indivíduos que trabalham em estabelecimentos de assistência, vigilância à saúde, regulação e gestão à saúde; ou seja, que atuam em estabelecimentos de serviços de saúde, a exemplo de hospitais, clínicas, ambulatórios, unidades básicas de saúde, laboratórios, farmácias, drogarias e outros locais”, diz o documento.

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“Desde que iniciou a pandemia as farmácias não pararam um dia sequer, permanecem de portas abertas para atender às demandas da sociedade seja na dispensação de medicamentos, na aplicação de injetáveis, na realização de teste de Covid-19. As equipes da farmácia precisam ser imunizadas. O CRF-GO está lutando para ser cumprido o direito dos trabalhadores do centro avançado de saúde, as farmácias”, frisa Daniel Jesus.

Lorena revelou que o CRF-GO enviou ofícios a todas as prefeituras para tratar do assunto. “Continuamos insistindo no diálogo com os representantes de cada município na tentativa de sensibilizá-los quanto à importância de se imunizar os profissionais que estão na linha de frente desde o início da pandemia”.

O farmacêutico é o profissional de saúde mais acessível à população, enquanto a farmácia representa a porta de entrada ao sistema público de saúde, lembra a presidente do CRF-GO. “Entendemos que até o momento os municípios ainda sofrem com quantidade insuficiente de doses para vacinação de todos, mas esperamos que, muito em breve, essa realidade mude e nossos colegas sejam contemplados para continuarem cuidando da população com segurança”.

“Tenho defendido a prioridade da imunização para todos os profissionais da saúde desde o início da vacinação em Anápolis. E isso inclui os farmacêuticos e todos os trabalhadores dos pontos comerciais como balconistas e atendentes de caixa”, diz a vereadora Trícia Barreto de Moraes do Carmo (MDB), que também participou da manifestação de sábado.

Trícia destaca que farmácias são enquadradas como serviços essenciais, “então é justo que a categoria seja prioridade na campanha de vacinação”. Ela afirmou que levou o debate ao plenário da Câmara. “Podem contar comigo na luta pela inclusão como grupo prioritário da vacinação, seja por requerimentos apresentados na Câmara ou por meio de contato direto com a Secretaria de Saúde”.

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