Cientistas descobrem de onde podem vir novas pandemias

Cientistas descobrem de onde podem vir novas pandemias

O surgimento de novas pandemias iguais, ou, até mesmo, piores que a Covid-19, pode estar prestes a acontecer e é apenas questão de tempo, e fatores humanos podem contribuir com essa ocorrência. Isso é o que cientistas australianos relevaram após desenvolverem um modelo capaz de identificar onde e que tipos de novas doenças podem atingir a humanidade.

Conforme noticiado no Uol, cientistas da Universidade de Sidney apontaram que a pressão da atividade humana sobre o meio ambiente está contribuindo para a diversificação de agentes causadores de doenças, como vírus e bactérias, logo, isso pode desencadear novas pandemias.

Essa conclusão foi divulgada em artigo publicado na revista Transboundary and Emerging Diseases. Os cientistas explicaram que, para chegar ao resultado, desenvolveram um modelo utilizando 13.892 combinações de patógenos únicos de 190 países, e dados de 49 variáveis socioeconômicas e ambientais.

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As informações foram analisadas usando modelos estatísticos para identificar as causas de doenças emergentes e zoonóticas – aquelas transmitidas de animais para humanos. Em suma, os cientistas pontuaram que as mudanças climáticas e suas consequências ao meio ambiente podem resultar em novas doenças e defendem a sustentabilidade como alternativa para impedir pandemias futuras.

"Nossa análise sugere que o desenvolvimento sustentável não é apenas crítico para manter os ecossistemas e desacelerar as mudanças climáticas; ele pode informar o controle, mitigação ou prevenção de doenças", disse o professor da Universidade de Sydney e coautor do estudo, Michael Ward.

Ward cita, ainda, que o modelo desenvolvido pode ajudar governos e organizações a planejar políticas de saúde pública e ações para evitar futuras pandemias em potencial.

De onde virão as novas pandemias?

Para os cientistas, os estudos indicam que países de renda mais alta, com áreas territoriais maiores, populações mais densas e maior cobertura florestal estão produzindo uma diversidade maior de doenças zoonóticas.

Enquanto isso, as doenças emergentes, ou seja, as recém-descobertas, que aumentaram de ocorrência ou se expandiram para novos locais, são mais propensas em regiões com temperaturas mais altas, como é o caso do Brasil.

Os cientistas verificaram que as variáveis climáticas (temperatura e precipitação) têm o potencial de influenciar a diversidade de patógenos.

Assim, a combinação desses fatores reforça a tese de que o homem tem criado, ou acentuado, as condições ambientais para o surgimento de outras pandemias.

De acordo com o estudo, esses fatores são: a pressão sobre os ecossistemas, as mudanças climáticas e o desenvolvimento econômico.

Como os fatores humanos desencadeiam novas pandemias?

Um dos autores do estudo e professor associado da Universidade de Sydney, Navneet Dhand, detalha como os crescimentos das populações e da densidade impulsionam o aumento de doenças zoonóticas.

"À medida que a população humana aumenta, também cresce a demanda por moradias. Para atender a essa demanda, os humanos estão invadindo habitats selvagens. Isso aumenta as interações entre vida selvagem, animais domésticos e seres humanos, o que potencializa os riscos de insetos pularem de animais para humanos".

Entre doenças que se espalharam mundialmente, nas últimas décadas, estão incluídas, além da Covid-19, as gripes aviária (H5N1) e suína (H1N1), a Ebola e a Nipah - vírus transmitido por morcegos.

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Ainda há as variantes da Covid-19

Mesmo sem novas pandemias estabelecidas, ainda há o risco das variantes da Covid-19, pois o vírus sofre mutações que pode desencadear em formas mais agressivas.

Para o professor de disciplinas ligadas à Farmacologia no ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Thiago de Melo, as melhores medidas para evitar a propagação do vírus e das variantes é manter o isolamento social, assim como todas as outras medidas de segurança recomendadas pelas agências sanitárias.

“Com menos Sars-CoV-2 circulantes, o impacto sobre as novas variantes mutantes também pode ser suavizado, afinal, com menos ‘casas’ para o vírus morar, menos chance de ele trocar seus códigos’”, explica.

O professor lembra que a vacinação é a principal ferramenta contra o vírus e é essencial para reduzir o índice de mortalidade causado pela doença.

“Para 2021, não há outra estratégia disponível mais eficaz para combatermos a Covid-19 do que o imunizante. Que venham as vacinas para a população, para reduzirmos drasticamente os desfechos de mortes principalmente para os mais vulneráveis”, finalizou.

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