Diabetes é foco de pesquisa que testa insulina em creme com efeito semelhante às injeções

Diabetes é foco de pesquisa que testa insulina em creme com efeito semelhante às injeções

Para milhões de pacientes com diabetes, agulhas, medicamentos e picadas nos dedos fazem parte de uma rotina exigente e trabalhosa de cuidados. Por isso, não é de hoje que a comunidade científica se debruça sobre outras opções de tratamento para dar mais conforto aos pacientes.

Recentemente, um estudo chinês publicado na revista científica Nature abriu novos caminhos que podem levar a esse objetivo, a partir do desenvolvimento de um creme de insulina que foi capaz de baixar os níveis de açúcar no sangue em animais diabéticos.

“O estudo é inicial, feito em animais, mas muito interessante e promissor justamente por derrubar alguns obstáculos do tratamento de diabetes. A insulina em creme pode ajudar aqueles que têm fobia ou dificuldade de aplicar a injeção, por exemplo, e assim facilitar o tratamento”, afirma o endocrinologista e diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Fernando Valente, que não participou do estudo.

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Entenda a pesquisa

Cientistas da Universidade Zhejiang (China) desenvolveram um polímero permeável à pele que pode liberar insulina no organismo. A novidade em questão é fazer com que o medicamento atravesse as camadas da pele, como explica o endocrinologista da SBD: “a pele é uma barreira importante para entrada de moléculas grandes, como peptídeos, proteínas e polímeros. Nesse estudo, os pesquisadores conjugaram uma insulina com um polímero modificado, permitindo a entrada da insulina até onde ela deve chegar”.

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A insulina ligada a esse polímero foi capaz de reduzir os níveis de glicose no sangue em animais (camundongos e minipigs) com diabetes a uma velocidade comparável à da insulina injetada. Segundo os pesquisadores, tudo indica que a insulina em creme poderá um dia oferecer uma alternativa viável às injeções para o controle da doença.

“O creme foi testado em animais com diabetes induzido e, rapidamente a insulina era absorvida, baixando e normalizando a glicose. Ou seja, funcionava como uma insulina de ação rápida. Acho que tem potencial de aplicação, embora ainda precise passar pelos testes clínicos com humanos, o que pode levar anos”, avalia o diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Fernando Valente.

 

O diabetes no Brasil

Somente no Brasil, cerca de 16,6 milhões de pessoas vivem com diabetes, segundo um levantamento da Federação Internacional de Diabetes. Com essa quantidade, o país ocupa a sexta posição no ranking mundial de números de casos, atrás apenas de China, Índia, China, EUA, Paquistão e Indonésia.

O diabetes tipo 2, o mais comum da doença, ocorre quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz, ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Esse tipo de diabetes é influenciado principalmente por hábitos e estilo de vida, sendo a obesidade, dieta não saudável e sedentarismo os principais fatores de risco. Geralmente, o diabetes tipo 2 pode ser controlado com medicamentos e mudanças no estilo de vida, no entanto, o uso de insulina pode ser necessário em algumas situações.

Já o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, que normalmente surge na infância e na adolescência, com influências genéticas. Nesse caso, o próprio sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina. Esse tipo é sempre tratado com a aplicação de insulina, além de planejamento alimentar e atividades físicas.

Segundo a Federação Internacional de Diabetes, a doença é considerada silenciosa: 1 a cada 3 pessoas com diabetes não sabe que tem o problema, uma vez que os sintomas (muita sede, urinar demais, emagrecimento sem explicação e vista turva) podem demorar a aparecer.

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