Farmacêuticos da Panvel lideram os serviços de vacinação no Brasil

Farmácias e drogarias de todo o Brasil foram autorizadas a se credenciar para oferecer o serviço de vacinação aos clientes, segundo resolução aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O serviço, que já era regulamentado nos Estados de Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Minas Gerais e no Distrito Federal, agora ganha mais força ao ser oferecido em todo o país. Mas não é qualquer farmácia que poder oferecer as aplicações. Cada local deve obedecer às regras de qualidade e segurança, como ter licenciamento e inscrição no CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), ter profissional legalmente habilitado, entre outras exigências.

Em dezembro do ano passado a Anvisa aprovou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 197/17 que autoriza o serviço de vacinação nas farmácias em todo o Brasil. Dessa forma, são mais de 82 mil farmácias e drogarias privadas que poderão oferecer esse serviço. Nesse contexto, a Panvel que já possui 410 lojas nos três estados da região Sul e, recentemente, entrando em São Paulo, investiu na capacitação dos farmacêuticos para realizar a vacinação nas lojas com o objetivo de ampliar os serviços e consequentemente fidelizar mais clientes.

O Analista de T&D, responsável pelos programas de desenvolvimento para farmacêuticos da Panvel, Rafael Costa conta que com o licenciamento nos órgãos de vigilância e treinamento de farmacêuticos, a rede se habilitou para aplicar as seguintes vacinas: prevenção contra HPV, herpes zoster, pneumonia, gripe, hepatites e vários tipos de meningite. Ele informa que as vacinas estarão disponíveis em todos os Estados onde a Panvel está, inclusive São Paulo e que a ampliação do serviço faz parte do plano de estender as atividades na saúde.

A crise no mercado é um desafio que vem sendo enfrentado também pela Panvel com crescimentos que variam, anualmente, entre 13% e 16%. A rede investiu na ampliação da Panvel Clinic, que aplica vacinas, medição de pressão e exames de glicose, entre outros serviços. Segundo Rafael, a Panvel saiu na frente quando vislumbrou a possibilidade em investir na capacitação dos farmacêuticos, por meio de um treinamento In Company, realizado pelo ICTQ- Instituto de Pesquisa e Pós-graduação para o Mercado Farmacêutico, para realizarem com segurança e eficácia a aplicação de vacinas nas lojas da rede.

“Quando investimos no desenvolvimento das pessoas, o retorno não se limita a um serviço mais qualificado ou maior faturamento. Há um retorno intangível: pessoas engajadas com nosso propósito, entregando valor ao cliente. No caso das vacinas, a legislação exige que somente profissionais habilitados realizem o serviço. Mas, a Panvel não se limita a atender um requisito legal. Queremos cuidar das pessoas, proporcionando saúde e bem-estar através da prevenção”.

Conforme o farmacêutico Jonathan Luís de Augustinho, 27 anos, todos os farmacêuticos responsáveis pelo atendimento realizaram curso de capacitação com mais de 40 horas de treinamento, já que existem vários requisitos a seguir. “As lojas que oferecem o serviço de vacinação estão adequadas aos vários requisitos técnicos exigidos pelos órgãos de vigilância. Fomos munidos de informações no decorrer da especialização para seguir a legislação e os procedimentos de forma correta, e agora estamos prontos para oferecer com segurança e eficácia o serviço de vacinação em nossa rede”, diz.

Augustinho conta que a rede disponibiliza a vacina contra o HPV, Herpes Zóster, Meningites, Hepatites e agora contra a pneumonia também. “Ciente da importância de ações preventivas contra a doença, a Panvel passa a disponibilizar mais esta vacina. A novidade amplia o portfólio apresentado pela rede, que desde março oferece a vacina tetravalente contra o vírus da gripe. O serviço pode ser encontrado em dez lojas de cinco diferentes regiões: Porto Alegre, Florianópolis, Pelotas, Uruguaiana e Caxias do Sul”.

Aprovação

Segundo Vanessa Vieira da Silva, gerente de Imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), desde 2014 a lei estadual 16.473 autorizava as farmácias a fazer as aplicações de vacina, porém, só em julho de 2016, através da portaria 556, o serviço foi regulamentado. Santa Catarina foi o primeiro Estado a regulamentar a lei. A portaria 556 estabelece normas técnicas para o credenciamento, licenciamento e funcionamento de salas de vacinação em farmácias e drogaria de Santa Catarina.

Conforme Vanessa, os requisitos para que uma farmácia possa aplicar vacinas são bem minuciosos, a fim de garantir a segurança do paciente e qualidade dos imunobiológicos aplicados. “Essa portaria serve para salas de vacinação pública ou privada. O imunobiológico é muito sensível à luz, temperaturas e outros fatores, por isso o cuidado tem que ser extremo”, explica.

Lilia Maria Bastos Waltortt Assunção, responsável pelo setor de medicamentos da Vigilância Sanitária de Florianópolis, explica que as exigências restringem o serviço. Segundo ela as regras são tão exigentes em Florianópolis que existem apenas duas farmácias aptas a oferecer a vacinação – Panvel de Coqueiros e Droga Raia do Centro. “São várias as exigências, entre elas que o paciente só possa fazer a vacina com prescrição médica. Há também exigências de uma sala exclusiva para esse serviço e de armazenamento. No ano passado, registramos algumas denúncias de que farmácias daqui estariam aplicando vacinas sem o credenciamento. A Vigilância fiscaliza, atende as denúncias e inspeciona quando necessário. Essas foram autuadas”, diz.

Aumento nas vendas

A Panvel já possuía o serviço de vacinação em algumas lojas desde o primeiro semestre de 2017, quando a rede conseguiu a liberação das primeiras salas de vacinação. Rafael relata que inicialmente, o serviço era realizado por clinicas parceiras (com licença extramuros) e, mas a vantagem foi que com a adesão desse serviço nas lojas o faturamento aumentou. “Atualmente temos 10 filiais com a sala de vacinação licenciada pela autoridade sanitária, além de outras filiais com salas em processo de liberação. Até o momento já aplicamos mais de 8 mil doses de vacinas, sendo mais de 90% da gripe, com isso, nosso faturamento aumentou, não apenas com a venda da vacina e do gesto vacinal, mas este serviço abriu oportunidade para agregar outros produtos e serviços aos clientes”.

Rafael ressalta que este é um serviço com alto valor agregado e que aumenta o ticket médio de forma significativa. “Nosso foco sempre é fornecer uma solução completa. Como várias vacinas tem esquemas de duas ou três doses, oferecemos condições especiais para o cliente adquirir todas as doses de uma vez. Isso traz um impacto bem positivo, tanto no faturamento quanto no ticket médio”.

O farmacêutico afirma que houve acréscimo na fidelização de clientes por meio do serviço de vacinação. “O serviço de vacinação nos ajuda a fidelizar os clientes porque está intimamente conectado com nosso propósito e materializa nossa proposta de valor. A prevenção é para todos e vacina é prevenção. Com este serviço, podemos atender pessoas que não têm demanda por outros serviços farmacêuticos que estão mais relacionados a tratamento”.

Adaptação

Como o processo de adesão ao serviço de vacinação é complexo Rafael relata que a Panvel realizou investimentos pontuais para realizar o procedimento com qualidade e segurança aos clientes. “O entendimento das Vigilâncias é muito heterogêneo. Na maioria dos casos, fizemos apenas algumas adaptações na sala de serviços farmacêuticos já existente nas lojas. Tivemos filiais que foram reformadas para a instalação de uma sala para serviços farmacêuticos e vacinas, e em outras tivemos que montar uma segunda sala exclusiva para vacinação. Acreditamos que estas divergências são decorrentes da falta de acuracidade nas informações porque é um processo novo (para as farmácias e vigilâncias). Porém, isso tem um impacto negativo para a empresa e para a sociedade: algumas de nossas salas estão prontas e possuem farmacêuticos habilitados, mas ainda não tem o licenciamento sanitário para realizar o serviço não podem atender à população.

Quem aprovou a ideia foi a professora aposentada Márcia Aparecida Nunes, 46 anos. Ela diz que anualmente recebe a vacina da gripe, e agora não precisará enfrentar filas. “É sempre bom ter mais uma opção de local que oferece vacinação. Eu nem sabia que já havia farmácias aplicando vacinas. Creio que com isso a forma de prevenção se torna mais popular e acessível à população”, afirma.

Para a gerente da farmácia São João, no Centro, Cristiane Aparecida Castelli, 38, diferente do que ocorre na Panvel, por lá a proposta de vacinas em farmácias ainda está muito longe da realidade da maioria dos estabelecimentos deles, já que são muitas exigências. “Existe um processo trabalhoso de adaptação de espaço e profissionais para oferecer o serviço. É um investimento de alto custo. Como é algo recente ainda, as empresas estão avaliando a possibilidade. Mas creio que ainda seja algo muito distante da realidade da maioria”, diz. Vale a ressalva de que as Farmácias São João, também receberam capacitação para o serviço de vacinação por meio de empresas de cursos livres, sem reconhecimento no MEC.

A legislação ampara e é clara

A presença do farmacêutico devidamente registrado no Conselho Regional de Farmácia viabiliza o funcionamento de todos os estabelecimentos envolvidos na produção, transporte, distribuição e venda de medicamentos – e, agora, no campo das vacinas também.

A Lei 13.021/14, artigo 7º, permite que farmácias de qualquer natureza possam dispor, para atendimento imediato à população, de medicamentos, vacinas e soros que atendam o perfil epidemiológico de sua região demográfica. Já a RDC da Anvisa nº 44/2009, em seu artigo 92, estabelece que farmácias e drogarias podem participar de campanhas e programas de promoção da saúde e educação sanitária promovidos pelo Poder Público – aumentando assim o acesso da população a vacinas com preços mais acessíveis que nas clínicas populares.

O aumento dos pontos de vacinação contribui para uma concorrência entre os prestadores desses serviços – e com isso vem gerando um “surto de desrespeito” entre profissionais de diferentes áreas da saúde que desconheçam a RDC 654/2018, do CFF, onde estão regulamentadas e estabelecidas as atribuições e as competências do farmacêutico na dispensação e aplicação de vacinas em farmácias e drogarias.

A legislação é clara e objetiva: cabe aos farmacêuticos tomar posse dos seus direitos e deveres, ficando atentos à legislação vigente, capacitando-se para prestar serviços humanizados e de qualidade para seus clientes/pacientes e se tornem referência também na imunização – trazendo benefícios para a população e o reconhecimento da sua importância profissional para a saúde pública.

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