Com o objetivo de contribuir na luta contra o coronavírus, nesta terça (02/02), a Nestlé, maior empresa de alimentos do mundo, anunciou que vai ajudar a distribuir os imunizantes em países que estão em desenvolvimento.
Essa iniciativa foi declarada pelo CEO da multinacional, Mark Schneider, em fórum realizado pelo jornal suíço Le Temps.
Schneider destacou a importância da vacinação e declarou que a gigante agroalimentar planeja oferecer a logística da companhia e também financiar as vacinas nos países em que a marca está presente, pois sabe que há acesso desigual a elas.
“Quanto mais pessoas forem vacinadas, melhor. Prestaremos assistência logística às comunidades onde estamos presentes. Para alguns países, o preço das vacinas representa um custo significativo. Também procuramos uma forma de apoiar o pagamento das vacinas ou a forma como são entregues onde estamos presentes”, afirmou Schneider.
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A declaração do CEO vai ao encontro do atual desafio mundial do combate à Covid-19. Isso porque, segundo dados recentes divulgados pela Bloomberg, até o momento foram administradas apenas 100 milhões de doses da vacina pelo mundo.
Esse valor, se comparado com a totalidade da população mundial (7,6 bilhões de pessoas, segundo a OMS), representa apenas 0,01%. O percentual é mais alarmante quando observado que há muitos países que sequer iniciaram a vacinação em seus territórios, como é o caso de todas as nações da África.
Enquanto isso, o Brasil, que iniciou a campanha de vacinação em 17 de janeiro deste ano, já imunizou 2.430.123 pessoas, conforme dados publicados pelo CoronavirusBot, que coleta os números do Ministério da Saúde.
Distribuição global das vacinas
A Nestlé ainda não definiu como atuará na logística e no financiamento das vacinas pelo mundo. Segundo Schneider, a companhia ainda vai elaborar as estratégias para essas iniciativas.
Entretanto, o CEO da multinacional destacou que o desafio maior é ter a disponibilidade da vacina para efetuar sua distribuição global.
“Muito disso ainda está em processo, pois o ingrediente mais importante não está lá, que é a própria vacina”, concluiu Schneider.
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