A tramitação do Piso Salarial Farmacêutico entra em um dos momentos mais decisivos desde que o tema ganhou força no Congresso Nacional. Na próxima terça-feira (25/11), o relatório favorável ao projeto deve ser pautado na Comissão de Administração e Serviço Público (CASP), reforçando a urgência de mobilização em todo o país. Entre bastidores intensos, pressão nas redes sociais e articulações diretas com parlamentares, a categoria se movimenta para garantir que o texto avance.
Representantes do setor, que têm acompanhado as negociações de perto, reforçam que as articulações seguem firmes. Mesmo com esse avanço, essas lideranças destacam que o engajamento coletivo é determinante para ampliar a visibilidade da pauta e consolidar votos favoráveis na CASP.
Fora do eixo institucional, a categoria tem utilizado seus próprios canais de comunicação para convocar colegas. A corrente de publicações, vídeos e cards informativos reforça que a pressão pública nas redes sociais influenciou etapas anteriores e continua sendo essencial. Segundo lideranças do movimento, cada apoio público conta, cada marcação conta, e cada farmacêutico faz diferença, mencionando a importância do engajamento individual para fortalecer a mobilização.
Além da discussão política, dados recentes do Conselho Federal de Farmácia (CFF) têm sido usados para contextualizar a importância da categoria e a necessidade de um piso nacional que reflita sua relevância social. Segundo o CFF, mais de 400 mil farmacêuticos atuam no Brasil, integrando uma rede de cuidado que alcança a população do balcão da farmácia ao Sistema Único de Saúde (SUS). Apenas nas farmácias comunitárias, o atendimento chega a 198 milhões de brasileiros por ano, sem contabilizar hospitais, laboratórios, distribuidoras e demais serviços de saúde.
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Os dados do CFF também mostram onde esses profissionais estão: 70,2% atuam em farmácias e drogarias privadas, enquanto 10,9% estão em farmácias públicas. O restante se distribui entre indústrias, laboratórios de análises clínicas, distribuidoras e outros estabelecimentos que dependem diretamente do trabalho técnico e clínico do farmacêutico.
O CFF ainda destaca que o salário médio do farmacêutico brasileiro, atualmente em R$ 4.461,29 por mês (fonte: salario.com.br, agosto/2025), não condiz com a responsabilidade e a complexidade das atividades desempenhadas. O CFF lembra que a formação exige cinco anos de estudos, além de constantes atualizações técnicas e regulatórias.
Farmacêuticos trazem economia aos cofres públicos
Outro ponto reforça o impacto econômico da categoria no sistema de saúde: para cada R$ 1,00 investido na assistência farmacêutica a pacientes com doenças como asma e diabetes, R$ 2,50 retornam aos cofres públicos por meio da redução de complicações, hospitalizações evitáveis e maior adesão terapêutica. Para o CFF, isso evidencia que valorizar o farmacêutico não é apenas uma pauta trabalhista, é também uma estratégia de fortalecimento do SUS e de sustentabilidade do cuidado.
A estratégia de mobilização que se intensifica agora parte de uma leitura clara: sem pressão, pautas trabalhistas tendem a perder força em comissões estratégicas. Por isso, entidades e lideranças farmacêuticas têm orientado que a categoria marque os deputados nas redes sociais, envie mensagens diretas e compartilhe o conteúdo informativo em grupos profissionais. O objetivo é simples: transformar apoio difuso em demonstração concreta de força coletiva.
A CASP é um colegiado para temas trabalhistas e de gestão pública. Um relatório favorável aprovado nessa etapa fortalece a tramitação e abre caminho para discussões posteriores no Congresso. Por isso, a votação desta terça é considerada um divisor de águas, e o engajamento da categoria pode ser decisivo para evitar adiamentos ou alterações prejudiciais ao texto.
A voz dos farmacêuticos
A expectativa é alta, mas lideranças reforçam que este não é um momento de acomodação. Pelo contrário: é a fase de maior responsabilidade. Com a sinalização positiva dos deputados do DF, a categoria busca ampliar esse apoio para que o relatório seja aprovado com maioria confortável.
A orientação é clara: intensificar publicações, dialogar com parlamentares, fortalecer a visibilidade da pauta e reafirmar a relevância social do farmacêutico. O piso, afirmam as lideranças, não é uma concessão, é fruto de articulação, estratégia e, sobretudo, mobilização. O resultado dessa votação será reflexo direto da união da categoria.
O presidente do CFF, Walter Jorge João faz um apelo: “Contamos com todos vocês, nobres deputados da CASP! É justo que os farmacêuticos do Brasil, categoria que fez a diferença na pandemia e que entrega saúde todos os dias aos cidadãos do nosso país, gerando economia para o SUS, sejam dignamente remunerados! Deputado @pastorsargentoisidorio , que o PL seja pautado! Deputada farmacêutica @aliceportugal, obrigado por todo o seu apoio!”.
A indicação do CFF é clara: “Deputados da CASP, contamos com vocês! A valorização profissional fortalece o cuidado e melhora a saúde da população. Farmacêuticos, façam seus comentários de apoio e marquem os deputados da CASP. Vamos mostrar a nossa força!”.
Aqui estão todos os perfis de Instagram a serem marcados pelos farmacêuticos:
@aliceportugal, @pastorsargentoisidorio, @luizgastaoce, @depandrefigueiredo, @erikakokay, @reginaldo.veras, @marussa.boldrin, @brunofariasmg, @delegadaione, @deputadoluistibe, @deputadomarioheringer, @giselasimonaoficial, @cabogilbertosilva, @coronelmeiraoficial, @waldemaroliveiraoficial, @felipe_francischini, @reimont, @joaodasilvamaia, @dudaramos.rr, @alexandre.lindenmeyer, @ronaldonogueirarnoficial, @zucco, @denise_pessoa, @icarodevalmir
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