Tratamento de Leucemia pode ter custo reduzido

Tratamento de Leucemia pode ter custo reduzido

Estudo realizado por pesquisadores do Karolinska Institute, localizado na Suécia, e publicado na revista EMBO Molecular Medicine, constatou que um medicamento comum e barato poderá ser utilizado para combater a resistência que muitos pacientes desenvolvem ao tratamento contra a leucemia mieloide aguda (LMA).

Um dos medicamentos mais comuns no tratamento da LMA é a citarabina (ara-CTP), que interfere na replicação do DNA. No entanto, muitos pacientes não respondem ao tratamento porque suas células leucêmicas contêm altos níveis da enzima SAMHD1, que decompõe uma molécula ativa na medicação.

Nesse sentido, os pesquisadores testaram os impactos de mais de 33 mil substâncias diferentes sobre a SAMHD1. Após muito estudo, a análise levou à descoberta de três compostos que conseguiram reduzir a ação da enzima contra o medicamento, sendo eles: a hidroxiureia, gemcitabina e a triapina.

"A adição de qualquer uma dessas três substâncias melhorou significativamente o efeito do tratamento com citarabina em amostras de células com altos níveis de SAMHD1", disse um dos autores do estudo, Nikolas Herold, segundo matéria publicada no site espanhol Infosalus.

Ele completa: "Se nossos resultados de pesquisa puderem ser confirmados em ensaios clínicos, o tratamento da LMA pode ser melhorado também nos países em desenvolvimento, com recursos limitados, já que a hidroxiureia é livre de patentes e não custa mais que o ibuprofeno", exemplifica.  

Por hora, a pesquisa foi realizada apenas com camundongos. O próximo passo é realizar os testes em humanos (fase 3). Além disso, os cientistas ressaltam que a equipe ainda pretende realizar mais análises com as substâncias, com o intuito de desenvolver um novo medicamento.

Leucemia no Brasil

A doença se caracteriza como um tipo de câncer que afeta o sangue, mais especificamente os leucócitos, também conhecidos por glóbulos brancos, que constituem parte importante da defesa do corpo contra organismos infecciosos e substâncias estranhas.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), apenas em 2018, o Brasil registrou mais de 10.800 novos casos de leucemia, sendo 5.940 em homens em 4.860 mulheres.

No mesmo ano, o Atlas de Mortalidade por Câncer declarou que ocorreram 6.837 mortes em virtude da doença em território nacional, sendo 3.692 em homens em 3.145 mulheres.

No Brasil, a leucemia é o 9º tipo de câncer mais comum entre os homens e o 11º que mais atinge as mulheres. Em crianças e adolescentes, os casos também são frequentes. Além disso, em outros países, o número de pessoas com a doença aumenta todos os anos.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a leucemia acomete mais de 20 mil pessoas por ano, sendo que boa parte delas não resistem e morrem em decorrência dos problemas causados pela doença.

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