Covid-19: para OMS o desafio é aumentar produção de dexametasona

Covid-19: para OMS o desafio é aumentar produção de dexametasona

Ao comemorar as recentes descobertas em relação aos efeitos positivos da dexametasona contra a Covid-19, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou em entrevista coletiva que o desafio é aumentar a produção do medicamento. Diretor executivo da entidade, Michael Ryan, mencionou preocupação com o crescimento de casos no Brasil.

“Embora preliminar, a descoberta recente de que a dexametasona pode salvar pacientes de Covid-19 em estado grave nos dá uma grande razão para comemorar. O desafio é aumentar a produção e distribuí-la rapidamente em todo o mundo, focando onde é mais necessário”, afirmou Adhanom, conforme divulgou o Uol. O diretor ressaltou ainda a importância de uma distribuição inteligente, já que a dexametasona é utilizada para combater outros problemas de saúde.

“A procura aumentou após os resultados demonstrarem benefícios. Felizmente, o medicamento é barato e existem diversos produtores em todo o mundo que podem acelerar a produção. Os países devem trabalhar juntos para garantir que os medicamentos sejam destinados aos mais necessitados, além de garantir que esses suprimentos fiquem disponíveis também para tratar outras doenças”, ponderou.

Segundo estudos preliminares da série Recovery, conduzidos pela Universidade de Oxford, o tratamento com corticoides mostrou que pode ser útil na recuperação de pacientes graves de Covid-19. Segundo o ensaio clínico britânico, o medicamento diminui em um terço o risco de óbito entre os internados com ventiladores mecânicos.

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Tedros Adhanom pediu, contudo, cautela no uso da substância, afirmando que ela “deve ser usada apenas para pacientes em estado grave sob supervisão clínica”, uma vez que “não há evidências de que este medicamento funcione para pacientes com sintomas leves ou como forma preventiva”. Na entrevista coletiva, o diretor-geral da OMS pediu ‘criatividade’ para que os países consigam lidar com as crises sanitária e econômica ao mesmo tempo.

“Todos os países estão diante de um equilíbrio delicado: proteger as pessoas, ao mesmo tempo em que minimizam os danos econômicos. Há escolhas, mas os países podem fazer ambas as coisas. Encorajamos as nações a serem criativas para encontrar formas de as pessoas seguirem suas vidas e ficarem protegidas”, declarou.

Para o diretor executivo da OMS Brasil preocupa

Michael Ryan disse estar preocupado com o avanço do novo coronavírus no Brasil. Ele citou na entrevista dificuldades no rastreamento dos números do País. “Houve aumento de casos no Brasil nas últimas 24 horas. E o país deve ter mais registros que os relatados. Dessa perspectiva, o número de casos reportados deve ter uma subnotificação”, disse Ryan.

O diretor executivo destacou ainda que “havia uma alteração de como os dados eram relatados, mas, se olharmos os casos em junho, eles se estabilizaram com uma redução aos finais de semana. Não sabemos se os dados recentes são artificiais ou a qual período estão associados. Na quarta e quinta-feira, o número de casos estava abaixo do normal e agora temos um aumento de casos que está acima da média. Precisamos entender como os testes estão sendo realizados e relatados”.

Já a infectologista Maria Van Kerkhove, responsável técnica pela equipe de combate à Covid-19 da OMS, citou a necessidade de se ter dados mais específicos do Brasil. “O país dissemina o vírus de maneiras diferentes e isso pode ser visto entre várias cidades e estados. É importante ir além disso e ver onde, de fato, a transmissão está ocorrendo: se é nos centros de saúde, associadas a eventos ou dentro da população vulnerável (idosos, por exemplo). Precisamos quebrar os números para entender o que está acontecendo”, salientou.

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