Farmacêuticos da UFRN descobrem novo produto contra obesidade

Farmacêuticos da UFRN descobrem novo produto contra obesidade

Pesquisadores do departamento de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) patenteiam descoberta de substância que pode ajudar no tratamento da obesidade. Estudo é feito em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e já dura mais de sete anos.

A substância patenteada é um complexo de inclusão com ciclodextrinas naturais e derivadas, com a mistura binária de alfa, beta-amirenona, um elemento natural, obtido a partir do Breu branco, planta encontrada na região Amazônica. O novo produto farmacêutico se apresenta como uma alternativa para tratamentos antiobesidade.

Segundo os farmacêuticos, a descoberta científica possui atividades farmacológicas importantes, como ação anti-inflamatória, antimicrobiana, antioxidante e antiaterosclerótica. Coordenador do grupo envolvido no pedido de patente, o farmacêutico e professor Adley Antonini Neves de Lima, afirma que todas essas atividades são ainda mais pronunciadas com a inclusão das ciclodextrinas.

“Durante o desenvolvimento, conseguimos a melhoria de vários aspectos dessa nova substância natural, como, por exemplo, sua solubilidade em água, que é fundamental para o desenvolvimento de novos medicamentos, e o aumento da sua atividade antiobesidade, inibindo a ação da enzima lipase e reduzindo o peso corporal em animais”, afirmou Lima ao Portal da UFRN.

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Ao lado dos cientistas Luana Carvalho de Oliveira, Valdir Florêncio da Veiga Junior e Emerson Silva Lima, Lima depositou o pedido de patente denominado ‘Complexos do Triterpeno alfa, beta-amirenona com aumento da atividade antiobesidade’, em cotitularidade da UFRN com a UFAM. O estudo conta ainda com a participação do professor Euzébio Guimarães Barbosa, da UFRN, com estudos teóricos computacionais – in sílico.

No documento, o grupo indica a utilização do novo sistema para aplicação junto a formulações para uso na terapêutica, cosmética ou para utilização em suplementos alimentares. Com os estudos avançando, os farmacêuticos potiguares patentearam a descoberta e agora devem avançar para a próxima etapa de testes em humanos.

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A pesquisa faz parte da dissertação de mestrado de Luana Carvalho de Oliveira, orientada por Lima. “A obesidade é um problema crônico e nesse momento de pandemia do novo coronavírus, as pessoas obesas estão em grupo de risco. Se esse medicamento já fosse comercializado, poderia salvar a vida de uma gama de pessoas que hoje vivem obesas”, salientou a pesquisadora à Inter TV/G1.

Vinculado ao grupo de pesquisa Inovação em Fármacos e Medicamentos (Inofarm) e ao Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF), onde Luana desenvolve seu mestrado, o produto nasceu sob a forma de pó, sendo testado em laboratório e obtendo uma inibição da enzima lipase em torno de 90%, índice superior às alternativas existentes atualmente.

“Esse resultado aponta para um enorme potencial de redução de obesidade e de peso, onde a alfa, beta-amirenona já foi testada em camundongos e foi observada uma redução significativa no peso dos animais. Vamos testar agora nosso produto, comparando essa redução no peso dos animais com o objetivo de aumentar ainda mais a ação antiobesidade, com redução mais significativa do peso corporal”, explicou ao Portal da UFRN o professor Lima, que atualmente também coordena o Inofarm.

De acordo com ele, com o desenrolar do estudo, a intenção é colocar no mercado um novo medicamento que melhore a qualidade de vida das pessoas, principalmente as que têm sobrepeso e sofrem com algumas comorbidades associadas, como hipertensão e cardiopatias.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), houve aumento de 67,8% no índice de obesos pelo mundo nos últimos treze anos, saltando de 11,8%, em 2006, para 19,8%, em 2018. Dados do Ministério da Saúde apontam que mais da metade (55,7%) da população adulta do Brasil está com excesso de peso e quase 19,8% está obesa.

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