Indústria Farmacêutica entra na Justiça contra rodízio de veículos em São Paulo

Indústria Farmacêutica entra na Justiça contra rodízio de veículos em São Paulo

Especialistas condenam a efetividade do megarrodízio de veículos em São Paulo (SP) como forma de ampliar isolamento e conter a disseminação do novo coronavírus. Sindicato da indústria farmacêutica entrou com ação na Justiça para liberar trabalhadores do setor.

De acordo com a prefeitura, a ideia é elevar as taxas de isolamento social como forma de conter o contágio pelo novo coronavírus, que na última semana ficaram abaixo de 50% na cidade. A meta é chegar aos 60%, sendo que o ideal para evitar o colapso do sistema de saúde é 70%. No entanto, o aumento do uso do transporte público pode fazer o tiro sair pela culatra.

“A situação está tomando o rumo contrário do que deveria acontecer. As autoridades estão se vangloriando de que o trânsito foi quase nulo em São Paulo hoje, mas o transporte púbico esteve mais cheio, com aglomeração em plataformas. Por mais vazio que esteja o metrô ou o ônibus, nunca vão ter o isolamento que o carro tem”, disse à revisa Exame o coordenador da FGV Transportes, Marcus Quintella.

Se por um lado, houve hoje uma diminuição no trânsito, de outro, algumas linhas do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) tiveram aumento no fluxo de passageiros entre 11% e 15%, dependendo da região, de acordo com o Secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo.

“É contraintuitivo. A esperança dessa politica é que, intensificando o rodízio, as pessoas se desloquem menos, mas não sabemos exatamente se esse movimento é supérfluo na maioria dos casos ou necessário. Tudo indica que as pessoas que saem de casa precisam se locomover, o que estimula a substituição do carro pelo transporte público”, disse à revista o economista do Insper, Thomas Conti.

Já o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) revelou que vai entrar na Justiça pedindo uma liminar para liberar seus trabalhadores do rodízio de carros em São Paulo, conforme informou a Folha de S. Paulo. Nelson Mussolini, presidente da entidade, que reúne as maiores empresas do setor, disse que além da preocupação com contágio dos funcionários no transporte púbico, a restrição vai prejudicar a produção de medicamentos na pandemia.

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No Reino Unido, a política foi na direção oposta da praticada em São Paulo, segundo levantamento da Exame. Logo que o número de contágios pela Covid-19 acelerou, em março, Londres anunciou o fechamento de dezenas de estações de metrô, seguindo uma recomendação do governo federal.

Já um estudo divulgado no fim de abril pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), indica que o sistema de metrô de Nova York foi um dos principais disseminadores da Covid-19, se não o principal veículo de transmissão, na ascensão inicial da epidemia nos Estados Unidos, em março. Os centros de ônibus podem ter servido como rotas secundárias de transmissão na cidade.

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Rodízio é o maior já feito na cidade

De acordo com a prefeitura paulistana, a nova regra é que a circulação de veículos com placas que terminem em número par só pode ocorrer apenas em dias pares. Já as placas com final ímpar, em dias ímpares. Isso significa que apenas 50% da frota pode circular em um determinado dia. A limitação vale durante as 24 horas do dia, inclusive nos finais de semana, e em todas as regiões da cidade.

Veículos da área da saúde, carros de polícia, das Forças Armadas, prestadores de serviço elétricos e de gás ficam de fora, mas motoristas de aplicativos de carona estão incluídos. A punição para os que não respeitarem a restrição é multa de R$ 130 e perda de quatro pontos na carteira de motorista.

Dados da prefeitura indicam que o congestionamento na cidade no primeiro dia do novo rodízio foi positivo – caiu para 1 quilômetro na manhã desta segunda-feira (11/5), ante 11 quilômetros identificados na segunda da semana passada. De acordo com o secretário municipal de Transportes, Edson Caram, a prefeitura colocou em circulação mais 1.000 ônibus na cidade para atender à população e mais outros 600 de reserva, caso houvesse necessidade. Desses 600, 460 já haviam entrado em operação nesta manhã.

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