De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), apenas em 2019, houve perda de 122 mil contratos de planos de seguro saúde no Brasil. Entretanto, na contramão dessa crise, outro serviço inovador apresenta um enorme potencial de crescimento: plano de saúde voltado para a compra de medicamentos, que aumenta o faturamento das farmácias no País.
Um exemplo disso é o serviço criado pela BSF Gestão de Saúde, que lançou o plano que funciona de forma similar a um seguro de medicamentos. Com isso, a empresa apresentou crescimento de 30% em vidas cobertas. Com exclusividade ao ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, a farmacêutica responsável pela área técnica da empresa, Emanuela Medrades, explicou sobre a maneira que o plano traz benefícios às farmácias credenciadas.
“A gente costuma dizer que o serviço é um dos maiores benefícios que a rede credenciada tem. Nós não cobramos nada dos credenciados, pois existem atualmente entidades conveniadas que cobram taxas das farmácias para credenciamento, entretanto, levamos clientes para o credenciado. Então, todos os meus clientes são atendidos por ele, sem nenhuma cobrança. Essa é a moeda de troca, ao mesmo tempo em que eu consigo ampliar a rede para os beneficiários, eles [farmácias credenciadas] conseguem ter um faturamento melhor”, explica.
O jornalismo do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico também quis saber a opinião de um credenciado. A coordenadora de convênios, Jaqueline Carbonera, da Maxxi Econômica Farmácias, contou como tem sido a experiência. “Nós vimos um crescimento contínuo após a parceria. Tanto para o associado é interessante ter uma rede que ele possa contar e comprar, quanto para nós, pois conseguimos atingir mais pessoas e fazer um faturamento interessante”, explica. E complementa: “Atualmente, atendemos quase 700 vidas pela BSF”, completa.
Em recente entrevista à revista Isto É, o CEO da companhia, Luis Blotta, explicou como surgiu a iniciativa de criar o serviço. “Desde os anos 1990, existe um mercado de cartões de descontos em farmácias, mas a gente faz o oposto", ressalta. O executivo ainda enfatiza os benefícios que o plano pode oferecer para o setor corporativo. “Pouco serve ter os funcionários cobertos por planos de saúde se muitos deles resolvem não tomar os remédios por conta do preço”, conclui.
Vale ressaltar que, neste ano, a alta no preço dos medicamentos estabelecia pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), se deu acima da inflação de 3,75% em 2018.
