Sibutramina, Diazepam e outros medicamentos eram vendidos como emagrecedores naturais na web

Sibutramina, Diazepam e outros medicamentos eram vendidos como emagrecedores naturais na web

Em Curitiba, a Polícia Civil prendeu 13 pessoas, entre homens e mulheres, sob suspeita de comercializar e produzir falsos medicamentos para emagrecer. Ao todo, foram apreendidos mais de 13 mil frascos que eram divulgados nas redes sociais e em grupos no WhatsApp como se fossem naturais.

Entretanto, a investigação constatou que as substâncias possuem componentes químicos que causam dependência e só podem ser vendidos com prescrição médica. Segundo as informações divulgadas à imprensa pela Delegacia de Crimes contra a Saúde, os medicamentos eram apresentados como “fitoterápicos”, mas não tinham registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os produtos indicavam ter compostos naturais como maracujá, alcachofra, linhaça e outros. No entanto, a perícia comprovou que foram fabricados com substâncias como fluoxetina, bupropiona, sibutramina e diazepam, medicamentos que necessitam de retenção de receita.

“As substâncias nesses remédios causam sérios efeitos colaterais”, ressalta a delegada Aline Manzatto, responsável pela condução do inquérito, em entrevista ao site Tribuna.

Intitulada Operação Slim, a ação cumpriu oito mandados nos bairros Cidade Industrial de Curitiba, Boqueirão, Hauer e Bairro Alto. Além disso, também efetuou buscas em estabelecimentos comerciais que estariam disponibilizando os produtos à venda. Um detalhe importante é que os policiais identificaram que um dos pontos de comercialização desses medicamentos era no Mercado Municipal da capital paraense. 

Vale ressaltar ainda que, no decorrer das investigações, que duraram cerca de três meses, a Polícia Civil já conseguiu identificar outros suspeitos que estão comercializando os produtos na internet. De acordo com as informações, os medicamentos foram distribuídos para diversas outras cidades do Paraná, como Londrina, Maringá, Campo Mourão e Colombo.

Já os suspeitos, que estão em prisão provisória, foram indiciados por venda, distribuição e armazenamento inadequado de medicamento, sem registro do órgão fiscalizador de vigilância sanitária. Se condenados, a pena nesses casos pode variar entre cinco e dez anos de reclusão em regime fechado.

A equipe de jornalismo do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico entrou em contato com a delegacia responsável pela condução do inquérito, mas foi informada que não era possível passar informações sobre o caso. Até o momento, não foi revelado se há algum farmacêutico envolvido.

Riscos da automedicação

Apesar de apresentar riscos à saúde, muitos brasileiros admitem fazer uso de medicamentos sem orientação médica ou farmacêutica. Conforme aponta um estudo realizado pelo ICTQ.

Em 2018, 79% das pessoas com mais de 16 anos revelaram tomar medicamentos sem prescrição do médico ou do farmacêutico. Este percentual cresceu desde de 2014, quando os números diziam que 76,2% se automedicavam. Ainda de acordo com o estudo, o imediatismo e o maior acesso à internet estão entre os motivos para o aumento no percentual.

A pesquisa corrobora com um levantamento realizado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). O estudo mostrou que os medicamentos são a principal causa de intoxicação no Brasil. Entre 2012 e 2017, foram 241.967 casos, ou seja, 40% do total de 590.594.

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