Covid 19: farmacêutico propõe marcar pessoas por sua condição de saúde

Covid 19: farmacêutico propõe marcar pessoas por sua condição de saúde

Com a proposta de prevenir de contágio pelo novo coronavírus as pessoas integrantes do grupo de risco – idosos, diabéticos, hipertensos, cardíacos etc. –, o farmacêutico e ex-conselheiro federal de farmácia do Ceará, Luis Cláudio Mapurunga (foto), sugere marcá-las com uma fita amarela no braço direito. Porem, ele recebeu inúmeras críticas, acusando-o de propor atitude segregadora.

A proposta foi apresentada nas suas redes sociais e em grupos de farmacêuticos do WhatsApp. “Sugiro que as autoridades de saúde, municipais, estaduais e federais, padronizem a cor amarela para identificar pessoas que estejam nos grupos de risco à Covid-19, visando que essa identificação visual possibilite o maior cuidado com elas em bancos, comércio e demais ambiente públicos”, escreveu Mapurunga em sua página no Facebook.

A sugestão do farmacêutico lembra as campanhas de conscientização Setembro Amarelo (prevenção ao suicídio), Outubro Rosa (precaução sobre o câncer de mama) e Novembro Azul (atenção ao câncer de próstata). Contudo, essas campanhas visam à conscientização das pessoas sobre a importância da prevenção e não a segregação de indivíduos, o que tem gerado muita polêmica entre os profissionais de saúde que viram a proposta.

Receba nossas notícias por e-mail: Cadastre aqui seu endereço eletrônico para receber nossas matérias diariamente

Nos grupos de WhatasApp muitas pessoas se mostraram indignadas com a ideia. “Segregar é preconceito”, disse uma das integrantes. Outros também seguiram na mesma linha. “Acho que essa proposta precisa ser mais bem pensada. Não é marcando as pessoas que vai contribuir”, afirmou outra pessoa.

“Uma coisa são as campanhas de prevenção a doenças, que visam à conscientização das pessoas para a importância dos exames preventivos e da consulta médica, e são por natureza inclusivas. Já a sugestão do farmacêutico tem um componente segregador que pode resvalar no estímulo ao preconceito. Por isso não foi bem compreendida no meio farmacêutico e tem gerado muita discussão”, revela o fundador do ICTQ, Marcus Vinicius Andrade.

O uso de cores também é usado para classificação da condição de risco dos pacientes nos pronto-socorros e faz parte do protocolo da Organização Mundial de Saúde (OMS). É utilizada para facilitar o atendimento e responder da forma mais rápida e eficaz às necessidades de urgência do doente. “Isso funciona adequadamente porque é realizado em um local de saúde e não em ambiente social, em que as pessoas podem ser julgadas pela sua condição de saúde”, salienta Andrade.

publicidade inserida(https://sibrafar.com.br/)

“O objetivo das cores, que segue o protocolo de Manchester, é acolher o paciente, avaliar sua necessidade clínica, e atendê-lo de acordo com a urgência, classificando-o por cores: vermelha (emergência), laranja (muito urgente), amarela (urgente), verde (pouco urgente) e azul (não urgente)”, disse outro participante do grupo de WhatsApp onde a proposta foi colocada.

Nos estabelecimentos comerciais e públicos, Mapurunga sugere também que as pessoas com a fita amarela devem ter preferência nas filas e que a distância de 1,5 metro precisa ser respeitada para evitar o contágio.

Pela proposta, a identificação visual se daria também nas residências das pessoas que possuem indivíduos classificados como pertencentes a grupos de risco. Cada casa teria uma bandeira amarela colocada em local de fácil visualização.

Em sua página no Facebook, Luis Cláudio Mapurunga justifica que “identificação não segrega, cuida e protege”. Procurado pela equipe do Portal do ICTQ para maiores esclarecimentos sobre sua proposta, Mapurunga não retornou até o fechamento desta reportagem. Caso ele venha a se pronunciar o texto será atualizado com novas informações.

WhatsApp Image 2020-04-20 at 20.12.50 (1).jpeg

Participe também: Grupo de WhatsApp para receber notícias farmacêuticas diariamente

Obrigado por apoiar o jornalismo profissional

A missão da Agência de notícias do ICTQ é levar informação confiável e relevante para ajudar os leitores a compreender melhor o universo farmacêutico. O leitor tem acesso ilimitado às reportagens, artigos, fotos, vídeos e áudios publicados e produzidos, de forma independente, pela redação da Instituição. Sua reprodução é permitida, desde que citada a fonte. O ICTQ é o principal responsável pela especialização farmacêutica no Brasil. Muito obrigado por escolher a Instituição para se informar.

Telefones

Atendimento de segunda a quinta-feira das 08:00h às 18:00h e sexta-feira das 08:00h às 17:00h (Exceto Feriados).

Fale conosco

Sou aluno:

(62) 99433-0397

Quero me matricular:

CLIQUE AQUI

E-mail

faleconosco@ictq.com.br

Endereço

Escritório administrativo - Goiás

Rua Engenheiro Portela nº588 - Andar 5/6 - Centro - Anápolis/GO CEP

CEP: 75.023-085

ictq enfermagem e mec
 

Consulte aqui o cadastro da instituição no Sistema e-MEC

PÓS-GRADUAÇÃO - TURMAS ABERTAS