Farmacêutico do crime vendia atestados por R$ 50 para pessoas “matarem trabalho”

Farmacêutico do crime vendia atestados por R$ 50 para pessoas “matarem trabalho”

Atestado de um dia custava R$ 50; por comprovante para dois dias, pagava-se R$ 70; e licença de três dias chegava a R$ 90.

Equipes da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) prenderam preventivamente, nesta sexta-feira (16/6), um farmacêutico da região administrativa que, desde 2020, falsificava e vendia atestados médicos, bem como medicamentos controlados sem receituário. O investigado atuava em uma farmácia da Vila São José.

As investigações mostraram que o farmacêutico atendia os clientes pelo WhatsApp. Os preços do documento falso variavam de acordo com o tempo de afastamento pedido de interesse do comprador. O atestado de um dia custava R$ 50; por um comprovante para dois dias, pagava-se R$ 70; enquanto a licença de três dias saía por R$ 90.

Após bate-papo no WhatsApp, o investigado preenchia o atestado com dia e horário do suposto atendimento médico, além de registro da Classificação Internacional de Doenças (CID) informados pelo cliente.

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Quando o comprador tinha dúvidas quanto à enfermidade, o próprio farmacêutico fazia sugestões. Ele também dava garantias de autenticidade para os atestados e dizia que poderiam ser tranquilamente homologados.

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Nos últimos três anos, o investigado produziu e vendeu ao menos 273 atestados médicos falsos para moradores de Brazlândia, segundo as apurações. Com apoio de uma moradora da cidade, também alvo da polícia, o suspeito confeccionava carimbos idênticos aos de médicos que assinavam receitas verdadeiras recebidas na farmácia.

Ao menos cinco carimbos foram usados na confecção dos atestados falsos. A polícia descobriu a fraude quando um médico atuante em Brazlândia recebeu, na Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 2 da cidade, uma prescrição de remédio controlado com carimbo idêntico ao dele e assinatura falsificada.

Prisão

Além do mandado de prisão preventiva contra o farmacêutico, a 18ª DP cumpriu duas ordens judiciais de busca, um na casa da mulher que auxiliava o suspeito na confecção dos carimbos, outro na casa do próprio investigado.

Na casa da comparsa, no Setor Sul de Brazlândia, a polícia localizou artes de carimbo prontas, com nome e CRM de 11 médicos do Distrito Federal.

Na residência do farmacêutico, na Vila São José, as equipes encontraram blocos de receituários e atestados em branco. A investigação revelou que nenhum dos médicos que tiveram carimbos copiados sabiam das falsificações.

O investigado foi preso na rodovia BR-060, próximo à entrada de Brazlândia. O delegado-chefe da 18ª DP, Fernando Cocito, afirmou que a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou os compradores dos atestados e que todos serão responsabilizados.

As empresas que receberam os documentos também serão informadas, segundo o delegado, pois a falsificação do atestado tipifica infração contratual grave e pode ser motivo para dispensa por justa causa dos empregados.

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