FDA aprova medicamento injetável para tratamento da obesidade

FDA aprova medicamento injetável para tratamento da obesidade

A Food and Drug Adminstration (FDA), órgão que regula medicamentos nos Estados Unidos, autorizou na sexta-feira (4/6) o uso da semaglutida, substância utilizada contra o diabetes tipo 2, para o tratamento da obesidade, revelou a CNN. Uma dose por semana da injeção pode ajudar na perda de até 12% do peso corporal em um ano e meio. Este uso ainda não está aprovado no Brasil e, portanto, não é recomendado pelos profissionais de saúde.

Batizada de Wegovy, a injeção é produzida pela indústria farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk – a mesma que produz a semaglutida para diabetes, sob a marca Ozempic. A substância pode ser uma aliada na perda de peso, mas apenas se for acompanhada de mudanças alimentares e de uma rotina de exercícios, dizem os pesquisadores.

Wegovy é a primeira droga aprovada para controle crônico de peso em adultos com obesidade ou com sobrepeso desde 2014, segundo comunicado da FDA. Para esta finalidade, o ingrediente ativo do medicamento (semaglutida) afeta um hormônio chamado peptídeo-1 – semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) – e, dessa forma, aumenta a produção de insulina. Além disso, o composto parece suprimir o apetite, segundo a agência reguladora norte-americana.

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Conforme os estudos que a FDA teve acesso, pessoas sem diabetes que tomaram o medicamento perderam em média 12,4% do peso corporal inicial ao longo de 16 meses, em comparação com aqueles que receberam um placebo – esses voluntários tomaram o composto e, em paralelo, adotaram uma nova dieta (reeducação alimentar) e praticaram uma série de exercícios. Pacientes com diabetes que testaram a droga perderam 6,2% a mais de seu peso corporal em comparação com pessoas que receberam injeções sem o medicamento.

Ainda segundo a agência, novos tratamentos para a obesidade são necessários nos Estados Unidos. “Aproximadamente 70% dos adultos norte-americanos têm obesidade ou sobrepeso. Ter obesidade ou sobrepeso é um sério problema de saúde associado a algumas das principais causas de morte, incluindo doenças cardíacas, derrame cerebral e diabetes, e está relacionado a um risco aumentado de certos tipos de câncer”, revelou o órgão regulador. “A perda de 5% a 10% do peso corporal por meio de dieta e exercícios foi associada a um risco reduzido de doenças cardiovasculares em pacientes adultos com obesidade ou sobrepeso”.

Droga ainda não está aprovada no Brasil

Apesar de sua ‘irmã’ Ozempic ser utilizada no País para o diabetes, a Wegovy ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para combater a obesidade. Portanto, seu uso não é recomendado para esse fim.

Isso porque, sem um acompanhamento e uma indicação individualizada, o risco de reações adversas cresce e os benefícios são minimizados, conforme apurou a revista Veja. Por exemplo: quando ingerida sob supervisão médica, a dose é aumentada aos poucos justamente para conter sensações desagradáveis.

Além disso, a droga pode apresentar efeitos colaterais como inflamação do pâncreas, aumento da frequência cardíaca, náuseas, diarreia, enjoo, vômito, sensação de estufamento, pensamentos suicidas e formação de cálculos na vesícula, segundo apurou a CNN.

“Também é importante frisar que, no estudo, ela foi combinada com dieta e exercício”, esclareceu à Veja o endocrinologista Rodrigo Moreira, vice-presidente do departamento de Diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).

Vale observar que a bula da semaglutida para o diabetes (Ozempic) recomenda que a droga deva ser utilizada em conjunto com dieta e exercícios, “para tratar pacientes adultos com diabetes tipo 2 não satisfatoriamente controlada (nível de açúcar no sangue permanece muito alto)”.

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Para o farmacêutico e professor da pós-graduação em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica no ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Rafael Poloni, a utilização de um medicamento deve ser feita somente se constar em bula.

“A semaglutida é aprovada no Brasil, até o momento, para tratamento do diabetes. Por isso, deve ser utilizada conforme preconizado em bula e com orientação médica. É importante ressaltar que o uso inadequado desse medicamento pode acarretar diversos efeitos adversos, como hipoglicemia, efeitos gastrintestinais, pancreatite aguda”, adverte Poloni.

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