Coronavírus: será que já é possível falar em passaporte de imunidade?

Coronavírus: será que já é possível falar em passaporte de imunidade?: Anvisa cancela registro de quatro medicamentos ou insumos

Estudos realizados na Alemanha tentam solucionar uma das maiores dúvidas sobre o novo coronavírus: será que as pessoas que tiveram contato com ele estão imunizadas a um novo contágio? Pesquisadores estão debruçados em suas mesas para tentar desvendar essa que pode ser uma das melhores notícias sobre o combate ao vírus antes que uma vacina esteja disponível.

Especialistas falam em vários países sobre a possibilidade de ‘passaportes de imunidade’ que permitiriam àqueles que desenvolveram proteção contra o vírus retornar ao trabalho mais cedo do que outras pessoas, conforme revelou a AFP. Embora estudos como os realizados na Alemanha permitam determinar a proporção da população infectada, as limitações dos testes atualmente disponíveis tornam impossível especificar com certeza a proporção de pessoas realmente imunizadas.

Mesmo assim, os estudos, como o realizado em Munique em três mil domicílios escolhidos aleatoriamente, são acompanhados com grande interesse. Em Gangelt, na região de Heinsberg, onde o primeiro grande surto de Covid-19 se desenvolveu na Alemanha, os pesquisadores determinaram que 14% dos habitantes haviam sido infectados. Além dos estudos, grupos farmacêuticos alemães também lançaram suas ofertas de testes sorológicos.

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Cerca de 70 mil desses testes já foram realizados em 54 laboratórios alemães, revelou à AFP a Federação de Laboratórios Associados (ALM). Para a médica Ulrike Leimer-Lipke, que realiza testes de imunidade desde meados de março em Reinickendorf, eles “fazem sentido porque é assim que saberemos quem é imune”.

É nisso que apostava Lothar Kopp, de 65 anos, quando foi entrevistado pela AFP enquanto aguardava na fila em frente a uma clínica no distrito de Reinickendorf, na capital alemã, para passar por um teste de coronavírus. Mesmo sem estar doente, ele queria saber se já foi infectado e, portanto, desenvolveu imunidade. “Se eu já tive o coronavírus, não posso infectar outras pessoas”, explicou, esperando que um teste sorológico afirmativo de anticorpos lhe permitisse visitar sua mãe idosa sem risco de contágio.

Em outros lugares, o nível de imunidade da população também desperta o interesse nos pesquisadores. Para descobrir quantas pessoas já foram infectadas, o estado de Nova York testará agressivamente a população, anunciou o governador Andrew Cuomo na semana passada. Nos Estados Unidos, os fabricantes foram autorizados a vender testes sem autorização formal.

Mas há dúvidas sobre a precisão e a confiabilidade dos testes. Sendo assim, mesmo que sejam positivos isso não significaria o fim do perigo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que não há evidências de que as pessoas curadas pela Covid-19 desenvolveram anticorpos para protegê-las contra uma segunda infecção.

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Para Matthias Orth, membro do conselho da Federação Alemã de Biólogos Médicos (BDL), outro problema é a qualidade dos resultados: ‘falsos negativos’, por exemplo, são possíveis. “Também existem coronavírus bastante banais que não causam doenças graves e podem falsificar o resultado”, explicou à AFP.

Para Orth, testes que prometem um resultado em 15 minutos com algumas gotas de sangue colhidas do dedo são ‘absurdos’. Nas próximas semanas, melhores testes estarão prontos. “Ainda não estamos nessa fase”, concluiu.

De acordo com a OMS, “não há elementos suficientes” para avaliar a confiabilidade dos ‘passaportes de imunidade’ e “o uso desses certificados pode aumentar o risco de transmissão”, uma vez que as pessoas que se consideram imunizadas ignoram as medidas sanitárias, afirmou a instituição.

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