Participar do desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus fez o faturamento da indústria farmacêutica alemã Biontech saltar 62% no segundo trimestre. Ainda assim, a empresa registrou prejuízo de € 88,3 milhões (R$ 559,8 milhões) no mesmo período.
O laboratório trabalha no desenvolvimento de uma candidata à vacina juntamente com a norte-americana Pfizer. Isso impulsionou seu faturamento, que saltou para € 41,8 milhões (R$ 265 milhões) no trimestre passado. No mesmo período, a empresa registrou prejuízo 76% superior à perda registrada um ano antes, segundo revelou o Valor Econômico.
O presidente da companhia, Ugur Sahin, disse estar otimista em relação à vacina, que pode chegar ao mercado em outubro. “Fizemos um progresso significativo no segundo trimestre em direção ao objetivo de avançar nossos programas de oncologia e trazer uma vacina para a Covid-19 ao mercado o mais rápido possível”, afirmou em documento que acompanha o balanço, segundo o Valor.
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“Estou extremamente orgulhoso de nossa equipe, que trabalhou incansavelmente para iniciar a Fase 2b/3 dos ensaios clínicos da (vacina) BNT162 em tempo recorde e nos coloca em posição de buscar uma avaliação regulatória já em outubro deste ano, se nossos testes forem bem-sucedidos”, completou Sahin.
A Biontech tem acordo de fornecimento inicial de mais de 250 milhões de doses entre este ano e 2021 com Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Canadá. Segundo o laboratório, a receita dos acordos de colaboração em geral aumentou devido ao reconhecimento da receita de novos pactos assinados com a Pfizer e Fosun Pharma como parte do programa da vacina BNT162 contra a Covid-19.
Já as receitas de outras transações de vendas aumentaram devido ao aumento de pedidos e incluem comercialização de produtos de diagnóstico, peptídeos, vetores retrovirais para fornecimento clínico e serviços de desenvolvimento e produção vendidos a terceiros, conforme apurou o Valor.
Apesar do avanço da receita, a Biontech registrou aumento expressivo nas despesas, passando de um prejuízo operacional de € 47,9 milhões (R$ 303,7 milhões), no segundo trimestre de 2019, para € 80,9 milhões (R$ 512,9 milhões) no mesmo período deste ano. A maior parte desse salto de 69% no resultado operacional negativo está relacionada a despesas com pesquisa e desenvolvimento, que cresceram 78% no período, para € 95,2 milhões (R$ 603,6 milhões).
Já a sua parceira Pfizer, registrou queda de 32% no lucro líquido do segundo trimestre, para US$ 3,42 bilhões (R$ 18,5 bilhões), com queda de 12% na receita, para US$ 11,8 bilhões (R$ 63,7 bilhões), informou o Valor.
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