O laboratório norte-americano Merck & Co anunciou nesta segunda-feira (23/11) que vai adquirir a biofarmacêutica OncoImmune, que tem pesquisas promissoras no desenvolvimento de uma terapia contra a Covid-19. A transação deve ser fechada por US$ 425 milhões (R$ 2,3 bilhões), segundo agências internacionais.
Sediada em Rockville, Maryland, nos Estados Unidos, a Oncolmmune afirma que o tratamento que desenvolve pode reduzir drasticamente o risco de morte ou insuficiência respiratória em pacientes que sofrem de formas graves de Covid-19.
Segundo a empresa, dados do estudo de fase 3 avaliando seu principal candidato terapêutico, o CD24Fc, mostrou uma probabilidade 60% maior de melhora para pacientes que estavam com Covid-19 em estado grave ou crítico em comparação com o placebo. O risco de morte ou de insuficiência respiratória também foi reduzido em mais de 50%, indicou a pesquisa.
O potencial de desenvolvimento da empresa atraiu a atenção da Merck. Segundo o acordo anunciado, que deve ser fechado até o fim do ano, os acionistas da OncoImmune também receberão por metas atingidas e vendas.
Além disso, a OncoImmune dividirá os direitos e ativos relacionados ao CD24Fc em uma entidade separada, disseram as empresas, com a Merck investindo mais US$ 50 milhões (R$ 268,5 milhões) para se tornar um acionista minoritário.
“Novas opções terapêuticas são extremamente necessárias para milhões de pessoas em todo o mundo que poderão desenvolver a forma grave ou crítica da Covid-19”, disse o presidente da Merck Research Laboratories, Roger Perlmutter, conforme a The Street.
“Pesquisas clínicas recentes indicam que o CD24Fc pode fornecer benefícios acima do padrão de tratamento para pacientes com Covid-19 que exigem suporte de oxigênio e, portanto, representará um acréscimo importante ao pipeline de medicamentos experimentais e vacinas da Merck projetados para lidar com a pandemia”, completou Perlmutter.
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A Merck revelou em setembro que começou a testar uma de suas vacinas candidatas contra a Covid-19 em voluntários. Para a vacina da Covid-19, a empresa já havia adquirido, em maio, a austríaca Themis Bioscience, que licenciou a vacina desenvolvida pelo Instituto Pasteur, revelou a Down Jones Newswires.
Em outro esforço de vacina contra o novo coronavírus, segundo a Down Jones, a Merck assumiu uma parceria com a organização de pesquisa científica Iavi, cuja vacina experimental usa a mesma tecnologia que é a base da vacina contra o vírus Ebola Zaire.
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