Nanopartículas podem revolucionar o tratamento de doenças como Alzheimer

Nanopartículas podem revolucionar o tratamento de doenças como Alzheimer

Cientistas canadenses desenvolveram um novo método que usa nanopartículas para que os medicamentos cheguem ao cérebro no tratamento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson. O estudo foi publicado no Journal of Controlled Release.

Pesquisadores do Institut National de la Recherche Scientifique (INRS) do Canadá criaram nanopartículas capazes ultrapassar a barreira hematoencefálica (BBB). Foi utilizado o ácido polilático (um bioplástico facilmente decomposto no corpo) e as partículas foram encapsuladas com polietilenoglicol.

“Uma camada de polietilenoglicol cobre essas nanopartículas e as torna invisíveis ao sistema imunológico, para que possam circular durante um maior período de tempo na corrente sanguínea”, explicou ao portal Zap, de Portugal, o professor e chefe da área de pesquisa de Alzheimer do INRS, Charles Ramassamy.

Esse tipo de encapsulamento dos medicamentos pode significar que os pacientes serão capazes de tomar doses muito menores, aumentando a eficiência e reduzindo o risco de efeitos colaterais.

Segundo os pesquisadores, o novo método foi testado em células cultivadas e, em seguida, em peixes-zebra. “Essa espécie oferece várias vantagens. A sua barreira hematoencefálica é semelhante à dos humanos e a sua pele transparente torna possível ver a distribuição das nanopartículas quase em tempo real”, revelou Ramassamy.

O maior obstáculo no tratamento de doenças neurodegenerativas é a barreira hematoencefálica, uma fronteira projetada para proteger o cérebro de substâncias potencialmente nocivas que se encontram no sangue.

“A barreira hematoencefálica filtra substâncias nocivas para evitar que cheguem livremente ao cérebro. Mas essa mesma barreira também bloqueia a passagem de medicamentos”, explicou Ramassamy.

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Segundo a Science Focus, revista científica da BBC, a BBB bloqueia a passagem de patógenos, anticorpos e grandes moléculas, sendo que apenas alguns antibióticos são capazes de ultrapassar essa fronteira.

Normalmente, as doenças neurodegenerativas são tratadas por meio da administração de doses elevadas de um medicamento, para que uma pequena quantidade seja capaz de passar a barreira. No entanto, esse método deixa uma grande quantidade da substância no sangue, o que pode causar efeitos colaterais significativos.

O artigo científico do Journal of Controlled Release pode ser consultado na íntegra no ScienceDirect

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