Covid-19: OMS encerra estudos com hidroxicloroquina

Covid-19: OMS encerra estudos com hidroxicloroquina

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou ter encerrado em definitivo estudo com hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19, bem como do combinado contra o HIV lopinavir/ritonavir em pacientes hospitalizados, depois do fracasso dos medicamentos na redução da mortalidade pela doença.

De acordo com a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), ela decidiu aceitar a recomendação pela paralisação dos experimentos do comitê diretor do Solidarity, programa coordenado pela OMS em 21 países, com mais de 5 mil pacientes hospitalizados, com o objetivo de encontrar um tratamento eficaz para casos mais sérios de Covid-19. Segundo o comitê, foram revisados também resultados de outros ensaios clínicos usando esses medicamentos.

“Os resultados preliminares mostram que a hidroxicloroquina e o lopinavir/ritonavir produzem pouca ou nenhuma redução na mortalidade de pacientes com Covid-19 hospitalizados quando comparados ao padrão de atendimento. Os investigadores do estudo de solidariedade interromperão os ensaios com efeito imediato”, revelou a OMS em comunicado, divulgado pela CNN, referindo-se a amplas análises em vários países.

A entidade acrescenta que, embora não houvesse evidência sólida de aumento da mortalidade de pacientes hospitalizados com os medicamentos, havia “alguns sinais de segurança associados nos achados do laboratório clínico” de um estudo associado, conforme divulgou o Valor.

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Seja como for, até que haja evidências suficientes, a agência da ONU não recomenda o uso desses tratamentos para nenhum paciente de Covid-19. “A OMS está preocupada com relatos de indivíduos que se automedicam com cloroquina, o que pode causar sérios danos”.

Apesar das contra-indicações e de críticas de médicos e cientistas, o Governo brasileiro ainda insiste no uso de cloroquina e hidroxicloroquina – as substâncias constam das diretrizes de tratamento preconizadas pelo Ministério da Saúde.

Outros estudos avançam

De acordo com a OMS, a decisão contra hidroxicloroquina e o combinado lopinavir/ritonavir não afeta pesquisas com outros medicamentos. Os testes com o antiviral remdesivir, fabricado pela Gilead Sciences, avançam. 

O remdesivir é a primeira droga aprovada por autoridades norte-americanas para ser usada no tratamento contra a Covid-19 sem ser em caráter experimental, o que levantou uma esperança quanto ao uso do medicamento. Ele é indicado para impedir que certos vírus, como o novo coronavírus, façam cópias de si mesmos, o que pode sobrecarregar o sistema imunológico.

Segundo o Valor, o medicamento gerou resultados promissores em estudos com animais para Síndrome Respiratória no Oriente Médio (Mers-CoV) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que também são causadas por coronavírus. Estudos nos Estados Unidos mostraram resultados positivos no tratamento para a Covid-19. No entanto, ainda não está claro em qual fase da doença o medicamento deve ser utilizado. Vale lembrar que ele não funcionou em testes como tratamento para o Ebola.

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A Gilead deve abrir a patente do medicamento para facilitar o acesso a países em desenvolvimento. Ela anunciou parcerias com fabricantes de genéricos na Índia e no Paquistão para produzir o medicamento para 127 países.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que está em contato com a empresa para acompanhar a evolução dos estudos. O remdesivir tem uso hospitalar e não é vendido em farmácias. Ele ainda não possui registro no Brasil.

A Anvisa autorizou, no final de junho, a realização de estudos clínicos com o remdesivir para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus, relatou o Uol. De acordo com a Agência, o estudo é de fase 3 (quando há observação de pacientes que usaram o medicamento) e será aplicado em indivíduos hospitalizados com pneumonia grave provocada pela Covid-19.

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