Covid-19: oxímetro some das prateleiras das farmácias

Covid-19: oxímetro some das prateleiras das farmácias

Depois das máscaras, do álcool em gel e até da hidroxicloroquina, agora é a vez do oxímetro desaparecer das farmácias. O aparelho mede o nível de oxigenação do sangue e vem sendo muito procurado pelas pessoas para antecipar problemas no pulmão provocados pela Covid-19.

Na versão portátil, o aparelho eletrônico digital, de fácil manuseio, espécie de clipe, é colocado em um dedo do paciente para medir o nível de oxigênio no sangue. Ele vem sendo usado como uma forma doméstica de diagnosticar uma possível dificuldade respiratória que poderia estar ligada à contaminação pelo novo coronavírus.

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O preço do aparelho varia entre R$ 80 a R$ 600, e está sendo difícil de encontrá-lo nas farmácias, segundo apurou O Globo, o Jornal do Commercio e a equipe do Portal do ICTQ. Em Recife, a reportagem do Jornal do Commercio telefonou para cinco farmácias e três distribuidoras de produtos médicos-farmacêuticos. Todas vendem o aparelho, mas estão com os estoques zerados há quase um mês.

De acordo com um vendedor que trabalha em uma grande distribuidora no Bairro do Espinheiro, no Recife, antes da pandemia do novo coronavírus vendia cerca de cinco oxímetros por dia, geralmente para estudantes de Medicina ou Enfermagem. Atualmente ele atende cerca de 50 pessoas diariamente interessadas em comprar um oxímetro. “É gente leiga, que até pergunta como se usa o aparelho”, disse o vendedor Luís Carlos ao Jornal do Commercio. Há duas semanas a distribuidora recebeu um lote de 400 oxímetros. Tudo foi vendido em apenas um dia. “Como não sabemos quando vai chegar um novo lote pedimos para que os clientes nos liguem todos os dias”, explicou o vendedor.

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A equipe do Portal do ICTQ ligou para farmácias em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Londrina, em todas o produto não está disponível e não tem previsão de quando chegará. Segundo as farmácias, a falta é generalizada nos distribuidores. “Desde que a pandemia se acentuou no Brasil os produtos sumiram no distribuidor”, afirmou a vendedora Pámela, da drogaria Vale Verde, de Londrina. “Faz tempo que não recebemos o produto e quando ligamos para o distribuidor é sempre a mesma resposta: não tem previsão”, disse o vendedor da Drogaria São Paulo da capital paulista, Maxion. 

O presidente do sindicato dos donos de farmácias em Pernambuco (Sincofarma-PE), Ozeas Gomes da Silva, afirmou ao Jornal do Commercio que os fabricantes de oxímetros não esperavam uma demanda tão grande pelo aparelho. O resultado é a falta generalizada no mercado. “Nenhuma distribuidora consegue definir uma data para entrega dos pedidos e nem dar uma estimativa dos preços. O aumento da procura pode acabar descontrolando o mercado”, alertou o executivo.

Compra pode ser inútil

A procura pelo oxímetro pode ser dispensável para a maioria das pessoas, sobretudo aquelas com menos de 60 anos. De acordo com o médico intensivista Douglas Ferrari, membro do Comitê de Emergência Internacional da Covid-19, é pouco provável que um paciente apresente dessaturação (queda gradual da taxa de oxigênio no sangue) antes de outros sintomas que devem ser considerados para a ida ao hospital. Salvo se ele for idoso ou apresente alguma doença pulmonar crônica preexistente, que já convivem com saturação menor e toleram a taxa baixa.

“Em pacientes com menos de 60 anos, quando há uma redução de dois pontos na saturação, em geral, ele já está bem sintomático. E sintomas clínicos devem ser levados em consideração em primeiro lugar, não a oximetria, que pode inclusive estar boa mesmo com o paciente progredindo com a doença”, alertou o médico ao Globo.

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia desaconselha o uso irrestrito de oxímetro domiciliar: “Sugerimos que a decisão sobre usar ou não a monitoração fique a cargo do médico que assiste o doente”, diz em nota.

Douglas Ferrari concorda com a entidade e destaca que o oxímetro deve ser um instrumento de apoio ao diagnóstico médico, interpretado por profissionais da saúde. “A medição pode dar uma falsa sensação de segurança ao paciente, que deposita fé em uma saturação boa”, afirmou.

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