A indústria farmacêutica Hypera Pharma contratou o banco BR Partners para vender sua marca do medicamento Xantinon. Com isso, a empresa espera faturar entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões na negociação, segundo apurou o Valor Econômico.
Indicado para ajudar a mobilização e a remoção do excesso de gorduras do fígado e para o tratamento de seus transtornos metabólicos, o Xantinon compõe o portfólio da Takeda, que foi comprado pela Hypera, recentemente. Atualmente, o medicamento tem receita de R$ 50 milhões.
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Fontes ainda revelaram ao jornal que a Hypera poderá ter que disponibilizar à venda outras marcas de medicamentos, devido a processos de aprovação regulatória, como é o caso dos analgésicos Doralgina e Doril, que estão na mesma categoria da Neosaldina, que veio com o portfólio da Takeda.
Na ocasião, a compra feita pela Hypera do catálogo da Takeda envolveu 18 medicamentos isentos de prescrição (MIPs), além de alguns que necessitam de receita, sendo avaliada em US$ 825 milhões (cerca de R$ 4 bilhões).
Segundo o Valor, a companhia terá que se desfazer de algumas marcas em decorrência da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), órgão cuja principal função é estimular a livre concorrência.
O jornal destaca que, caso do Xantinon, a Hypera já é dona da marca concorrente Epocler, Estomazil e o Gastrol, fato que levar a uma concentração de mercado no segmento de medicamentos para estômago.
Interesse na compra
Atualmente, três indústrias farmacêuticas já teriam manifestado que têm interesse na compra do ativo: a sul-africana Aspen Pharma e as companhias brasileiras União Química e Cellera. Segundo o Valor, já foi até iniciado o processo de compra. "Ainda está no início, mas esse é um ativo que pode complementar portfólios dessas companhias", contou uma fonte, que não teve a identidade revelada.
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