O laboratório Sorrento Therapeutics, da Califórnia, fechou contrato com uma agência do Departamento de Defesa dos Estados Unidos para desenvolver um tratamento rápido contra a Covid-19 usando anticorpos neutralizantes codificados por genes, informaram a Dow Jones Newswires e o Estadão.
Segundo a empresa, o acordo forneceria à subsidiária SmartPharm Therapeutics até US$ 34 milhões para a segunda fase dos testes clínicos. A Sorrento afirmou ainda que buscará mais financiamento para apoiar o programa e que pretende pedir autorização para uso emergencial e fabricação em grande escala do anticorpo, dependendo dos resultados dos testes.
A companhia revelou que, se o tratamento se mostrar eficaz, pode ser um método alternativo de proteção de populações nas quais as vacinas não funcionam tão bem, como idosos ou quem tem a imunidade comprometida.
Em maio, a Sorrento anunciara ter encontrado anticorpo totalmente eficaz contra o novo coronavírus. A notícia balançou os mercados ao redor do mundo naquele momento e a empresa viu suas ações saltarem 280% na bolsa de valores de Nova York, segundo o Estadão.
“Queremos enfatizar que existe uma cura. Existe uma solução que funciona 100%”, disse na época à Fox News o CEO da companhia, Henry Ji.
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Antes da pandemia, porém, a Sorrento Therapeutics passava por um período complicado, segundo apurou o Estadão. Com ações negociadas por menos de US$ 5 (R$ 26,75) e mais de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão) em dívidas, a ‘penny stock’ – termo que define as empresas que são negociadas por preços muito baixos – provocava desconfiança nos investidores.
Some-se a isso o fato de a Sorrento estar envolvida em um processo contra o empresário bilionário do ramo da biotecnologia, Patrick Soon-Shiong, que chegou a ter 19,9% da biofarmacêutica.
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