Ministro da Saúde volta a defender medicamento sem eficácia contra Covid-19

Ministro da Saúde volta a defender medicamento sem eficácia contra Covid-19

Em visita ao Rio Grande do Sul, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, (foto), defendeu o tratamento precoce contra a Covid-19 com medicamentos sem comprovação científica de eficácia para a doença como a hidroxicloroquina. Ele reforçou que o diagnóstico e a prescrição cabem aos médicos decidir.

Ontem (21/7), em passagem por Porto Alegre, após encontro com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, Pazuello declarou em coletiva de imprensa que o médico é soberano na indicação do tratamento adequado para cada paciente. “Avaliamos o que deu certo e o que não deu certo, mudamos várias orientações, alteramos protocolos e hoje podemos resumir da seguinte forma: o tratamento ideal é o tratamento precoce”, disse o ministro, segundo o Uol.

E acrescentou, segundo o GaúchaZH: “Ficou com sintomas, procure imediatamente o atendimento básico ou a estrutura hospitalar. Foi encaminhado para o médico, ele vai examiná-lo, vai fazer o diagnóstico. Se for diagnosticado com Covid-19, receba a prescrição de medicamentos. O médico vai dizer quais medicamentos são mais eficazes para cada um. É soberano o médico nesse aspecto. Receba ou compre os medicamentos, tome e, se Deus quiser, você vai ficar bom. Se piorar, continue em contato com o médico”.

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Pazuello foi além. “Coloco de maneira bem dura: a UTI e o respirador são para último caso. Precisamos tratá-los de forma precoce com medicamentos”. Para o ministro, trata-se de uma orientação e não de um protocolo. Na entrevista, ele também voltou a citar medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, que não têm comprovação científica de eficácia contra a doença causada pelo novo coronavírus.

“O ministério fez uma orientação clara, não é um protocolo e nem uma diretriz. Apresenta quais são os medicamentos que estão sendo utilizados, quais estão dando resultados e qual a melhor dosagem e momento desse uso. Temos a hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina listadas, e cabe ao médico prescrever qual é o medicamento adequado naquela fase e para aquele paciente”, afirmou segundo o Uol.

Pazuello também disse acreditar que a vacina contra Covid-19, que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, em parceria com a empresa AstraZeneca, será distribuída no Brasil entre dezembro deste ano e janeiro de 2021.

“Fizemos um acordo de cooperação com a AstraZeneca, para que a gente participe da fase 3 de testes e do desenvolvimento final. Aspiramos a planta necessária para produção e os insumos para fabricação já de um lote de grande quantidade – 30, 40 milhões de doses. Isso já está pactuado. O momento agora é o pagamento a AstraZeneca. Já está feito o acordo e o protocolo de intenções. A previsão é no final do ano, dezembro, janeiro, estejamos fabricando a vacina com a AstraZeneca, que é a solução”, garantiu, segundo o GaúchaZH.

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Ministro é interino há dois meses

Após 68 dias da saída do último titular, Nelson Teich, o Ministério da Saúde está sob o comando interino do general Eduardo Pazuello. Sua gestão tem sido controversa, tendo em vista a dificuldade para cumprir algumas promessas, como a distribuição de 46 milhões de testes, a recomendação do uso de medicamentos não comprovados para Covid-19 e o fato de o repasse de recursos do Governo para a saúde não ter passado, até agora, de um terço do previsto.

Segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério da Saúde gastou menos de 30% da verba destinada à pandemia – apenas R$ 11,4 bilhões dos R$ 38,9 bilhões previstos foram comprometidos dos cofres públicos. Tanto os valores desembolsados diretamente pela pasta (11,4% do previsto) quanto os montantes destinados aos Estados (39%) e municípios (36%) ficaram abaixo do prometido, de acordo com o IG Último Segundo.

Ao mesmo tempo, Pazuello viu a curva de casos e óbitos da Covid-19 crescer vertiginosamente durante sua interinidade à frente da pasta. Em 14 de maio, o Brasil tinha média de 9.627 casos diários; ontem (21/7), eram 33.618. Em relação aos óbitos, a média passou de 686 mortes para 1.048 no mesmo período, de acordo com O Globo e G1.

A única boa notícia até agora para o ministro está no seu contra-cheque. Segundo levantamento da Veja, mesmo interino, Pazuello ganha mais do que seus dois antecessores, os titulares Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, que recebiam R$ 30.934,70 brutos. Pazuello recebe R$ 39.200 brutos (cerca de R$ 10.000 a mais do que ganhava no Exército).

Isso acontece, segundo a Veja, devido a um benefício que os militares da ativa têm direito ao ingressar no governo e que permite acumular o soldo da Arma com o salário do cargo. A remuneração final do ministro não resultou na soma integral dos dois salários porque há um teto para o funcionalismo federal, que é de R$ 39.200.

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